HISTÓRIA
Toda a região (que incluía os atuais municípios de Conceição do Castelo, Castelo e Venda Nova do Imigrante) era primitivamente habitada pelos índios Puris ou Botocudos. A fartura propiciada por uma das mais ricas florestas em variedades de animais e vegetais.
No princípio do século XVIII, começaram a chegar os portugueses atraídos pelas perspectivas de riquezas minerais e riquíssimas fertilização do solo, iniciando assim a conquista nas regiões costeiras na Província por eles denominada Espírito Santo. Em 1752, com a descoberta de ricas minas de ouro, o número de habitantes começa a aumentar, tornando aquela região a mais procurada da capitania. Dentre as famílias pioneiras citam-se Escobar, Xavier, Grilo, Marques, Coutinho, Pereira, Souza Pinto, Ferreira, Mota, Dias, Cruz, Soares, Moreira, Oliveira Costa, Gonçalves Leite, Vargas Correia, Lopes da Rocha, Silva Pinheiro, Machado, Araripe, Davel, Azevedo, Moraes, entre outras.
O negro foi segundo elemento a povoar o município. Vieram para o trabalho escravos, e juntamente com os portugueses formaram grandes fazendas, destacando assim as famílias Oliveira, Ascacibas, Silva, Costa, Rangel, Souza, Santos, Constantino e Emílio.
A população que se dirigia para essa região começou a construir casas e formar uma pequena povoação. Em 1754, foi construída a matriz sob a invocação de Nossa Senhora da Conceição das minas de castelo. Em 1828, o governador da Capitania do Espírito Santo. Baltazar de Souza Botelho de Vasconcelos dirigiu-se ao Rei D. João VI enaltecendo as riquezas da região (solo fértil e minérios) e sugerindo uma regulamentação sobre os trabalhos das minas e de proteção dos índios, cujo aldeamento se impunha.
Em 01 de Agosto de 1829, o governador Imperial expediu um alvará determinando dos Silvícolas e encarregando desta missão o comendador Joaquim Maralino da Silva Lima, residente em Itapemirim e futuro Barão desse nome. Porém, não se registrou as províncias por ele tomadas para o cumprimento desta missão. Após alguns anos tornou-se Vice-Presidente da província e em 1849, empreendeu uma viagem de reconhecimento em companhia de seu cunhado Fortunato Tavares da Silva Medilo, quando fundou definitivamente o Aldeamento Imperial Afonsino, (hoje Conceição do Castelo), dos Índios Purís. Foi instalado à margem esquerda do Rio Castelo pelo engenheiro Frederico Willner, no qual foi seu primeiro administrador. Em 1864, passou a pertencer ao recém-criado Município de Cachoeiro de Itapemirim.
Em 1871, a lei provincial nº 09, elevou o Aldeamento à categoria de Freguesia de Nossa Senhora da Conceição do Aldeamento Imperial Afonsino. Em seguida, surgiu à primeira paróquia da região de minas de castelo, a igreja N. Sª da Conceição do Aldeamento Imperial Afonsino, foi reformada e em 25/05/1900, D. João Batista de Correia Nery, primeiro Bispo do Espírito Santo, presidiu a sua consagração.
Em 1892, com a crise europeia e a súbita emancipação dos escravos com a assinatura da Lei Áurea em 1888. Chegam os primeiros italianos que passaram a fazer abertura na floresta virgem para exploração de culturas do café. Destacam-se as famílias italianas Galavoti, Manhoni, Serafim, Bareto, Menegace e Simonatto.
O nome Conceição do Castelo surgiu de dois fatos curiosos. Um deles deve-se à impressão causada a um desbravador que, vindo da costa litorânea, deparou com uma alta muralha que parecia um castelo. Outro fato é que, em homenagem à Padroeira da Paróquia, surge a denominação "Conceição do Castelo".
No ano de 1887, chegou a imagem de Nossa Senhora da Conceição, esculpida em cedro-de-líbano, na cidade de Douros (Portugal), trazida pelo português, José de Souza Pinto que a doou para a Freguesia de Nossa Senhora da Conceição, hoje matriz, no dia 08/12/1887. Os primeiros habitantes europeus, que eram os portugueses, eram religiosos e devotos de Maria, N. Sª. da Conceição. Em 1901, Conceição do Castelo passou a ser distrito de Cachoeiro de Itapemirim.
Conceição do Castelo teve como primeiro vereador Joaquim de Souza Pinto, que cumpriu seu mandato na Câmara Municipal de Cachoeiro de Itapemirim no período de 1920 a 1923.
Através da Lei nº 1687, de 04/12/1928, criou-se o Município de Castelo e o distrito de Conceição do Castelo passou a pertencer-lhe, sendo elevado à categoria de vila. Nessa época, elegeram-se vereadores e atuaram na Câmara Municipal de Castelo, Harvey Vargas Grilo, Mário Pizzol, Américo Comarella e Rui Paiva.
Em 1963, foi apresentado um projeto de lei na Câmara de Castelo, para emancipar Conceição do Castelo. Através da Lei nº 1909, de 06/12/1963, criou-se o município de Conceição do Castelo, e a instalação oficial deu-se em 09/05/1964. O legislativo Municipal foi instalado oficialmente em 31/01/1967, no grupo escolar Elisa Paiva.
Um pouquinho mais sobre a História de Conceição do Castelo
Conheça o Livro "Elementos da História" escrito por José Coco Fontan.
Prefeitos da Época
Ao longo de sua história, vários prefeitos governaram Conceição do Castelo. Conheça cada um deles e o período em que esteve à frente da Prefeitura.
Chistiano Spadetto - 2021 a 2024
Chistiano Spadetto - 2017 a 2020
Francisco Saulo Belisário - 2013 a 2016
Odael Spadeto – 2009 a 2012
Francisco Saulo Belisário – 2002 a 2004/2005 a 2008
Domingos Lucio Zanão – 2001
Teonila de Oliveira Spadeto – 2001
José Gotardo Spadeto – 2001
Marino Dalbó – 1999 a 2000
Francisqueto Amorim – 1997 a 1999
Rubens Sávio Guarnier – 1993 a 1996
José Aílton Ferreira – 1992
José Gotardo Spadeto – 1989 a 1992
Jones José Ventorim – 1988
Nicolau Falchetto – 1983 a 1988
Ademar de Vargas e Silva – 1981 a 1983
Benjamin Falqueto – 1977 a 1981
Antenor Honório Pizzol – 1973 a 1976
Edson Pizzol – 1971 a 1972
Antenor Honório Pizzol – 1967 a 1970 (Primeiro Prefeito Eleito pelo Voto Popular)
Antelmo Venturim – 1964 a 1966 (Segundo Prefeito Interventor)
Harvey Vargas Grilo (Vevey) – 1964 (Primeiro Prefeito)
Características
CIDADE COM O 3º MELHOR CLIMA DO BRASIL E ENTRE OS MELHORES DO MUNDO
Conceição do Castelo é um dos poucos municípios do Espírito Santo com cobertura vegetal de mata Atlântica, com diversas espécies de madeira-de-lei e animais nativos. O Símbolo do município é a Saíra Apunhalada. Terras altas, clima e paisagem de montanha, tem relevo fortemente ondulado e montanhoso, não tem divisão administrativa, sendo a sede e o distrito único. A bacia hidrográfica do município é a do rio Itapemirim, destacando-se os rios Castelo e Viçosa e seus pequenos afluentes.
Saíra Apunhalada
O rio Castelo, principal afluente do rio Itapemirim, banha a cidade e a abastece. O clima é temperado, porém podendo se estabelecer diferença entre as regiões de terras altas (Mata Fria, Pinga Fogo, Ribeirão do Meio, Alto Ribeirão, Pindobas IV, Bonsucesso, Monforte Frio, São Bento, Caetetu, Sossêgo, Santa Maria do Jatobá, Estreito, Paraíso, Alto Patí, Várzea Alegre, Alto Formosa, Córrego Comprido, e áreas adjacentes); e regiões de terras baixas (Bicame, Viçosa, Angá, Monforte Quente, Lagoinha, Duas Pontes, Santo Antônio do Areião, Formosa, Pedra Limpa, Água Limpa, Montevidéo, São José da Bela Vista, Santa Teresa, Ribeirão de Santa Teresa, Itatiaia, Santa Helena, Santa Luzia, Taquarussú, Tinguá, Monta Cavalo, Alto Montevidéo, Barro Branco, e áreas adjacentes).
Seu patrimônio histórico é constituído de velhos casarões como, a “Fazenda Ante-Portão de João Pinheiro de Souza”, “Fazenda Pensamento”, “Fazenda Desengano”, “Fazenda Três Montes e Conquista”, “Fazenda Santa Helena”, “Fazenda Consórcia”, “Fazenda Santa Tereza”, “Fazenda Areião de Antônio da Silva Pinheiro”, “Fazenda Formosa de Francisco Lopes da Penha”, “Fazenda Monforte de José e Antônio de Vargas Correa”, “Fazenda Viçosa do português José de Souza Pinto”, “Fazenda Pedra Limpa de Franscisco Ricardo”, “Fazenda Santo Antônio de Pio Ramos”, “Fazenda Arapongas de Manoel Dável”, “Fazenda Montevidéo de Júlio de Alencar Araripe”, “Fazenda Água Limpa de Cezário Vieira Machado” e “Fazenda Capijuma”.
O prédio onde funciona o Legislativo Municipal, trechos ainda caminháveis da estrada do Rubim (ou de Pedro de Alcântara), a famosa “Trilha Imperial” e a bonita e preservada “mata dos Oliveiras”. Dispõe de uma boa infra-estrutura, principalmente no segmento agroturístico; é servido pela BR 262 e três rodovias estaduais. Quanto aos aspectos econômicos, o Município é caracterizado como agropecuário, e nesta atividade está a ocupação principal da mão-de-obra e a renda. Outras atividades como indústria, comércio e serviços, são complementares da renda local. Na agricultura, destaca-se o café, milho, feijão, abacate, banana, limão, tangerina ponkan, tomate e inhame.
Trilha Imperial "Jequitibá Centenário Rosa"
Rico em potencial hídrico, onde se destacam inúmeras cachoeiras de águas cristalinas como, a “Cachoeira dos Marettos”, “Cachoeira do Vargas”, “Cachoeira da Fumaça”, “Cachoeira do Bicame”, “Cachoeira do Oliveiras”, “Cachoeira de Viçosa”, “Cachoeira do Estreito”, “Cachoeira do Cantão”, “Cachoeira do Racha Bunda”, “Cachoeira do Ánga”, “Cachoeira da Cidade”, “Cachoeira dos Córrego dos Lopes”, “Cachoeira do Ribeirão do Meio” e a “Cachoeira de Santa Teresa”.
Cachoeira da Fumaça
A vegetação é exuberante, estando preservados 7% da Mata Atlântica do Espírito Santo. Tem o relevo mais acidentado do Estado, com altitude de 640m na sede e o ponto culminante com 1.502m. O clima predominante em todas as estações é o clima de montanha, faz de Conceição do Castelo o 3º melhor clima do Brasil e entre os melhores do mundo.
Homenagem a Conceição do Castelo
Aqui é o lugar
Onde as várias manifestação da natureza
Escolheram para transar
Um bate papo amigo
Só que gostaram tanto
Que resolveram ficar
As matas se enveredam
Pelas montanhas afora
Dançando ao ritmo alucinante
Das cachoeiras
Que orquestram o fundo musical
Do canto suave
Entoado pelos pássaros
Que cantam
Para milhares de espécies animais
Que habitam em harmonia
Meu paraíso
Até quando homem?
Edinaldo Rabello
População
Feriados Municipais
09 de Maio
Emancipação Política de Conceição do Castelo
08 de Dezembro
Padroeira Nossa Senhora da Conceição