Nesta terça-feira, 03, os alunos do Ensino Fundamental Anos Finais realizaram a aula de campo na Gruta do Limoeiro, Castelo, ES, com o objetivo de conhecerem a história do local e relacionarem com o conteúdo estudado em sala de aula na disciplina de História, mais especificamente os Índios. A administração do local tem para o mês de abril uma programação especial referente ao Dia do Índio e ao chegarem no destino, os alunos são recepcionados no Centro de Visitantes, onde ficam o Paiol da Gruta, com a central de agendamento e uma lojinha com produtos da região, e o Memorial, onde estão expostas fotos e descrições das escavações que ocorreram na Gruta do Limoeiro. No Memorial foi onde começou o nosso passeio, o guia acompanha e conta a história do local. Que resumidamente consiste: Em 1935, uma professora foi fazer uma limpeza na região com a ajuda de seus alunos para retirar o mato da gruta, e durante a limpeza ela encontrou ossos e cerâmicas. Nenhuma pesquisa maior foi feita até 1979, quando o professor e arqueólogo Celso Perota começou a desenvolver no local uma pesquisa científica arqueológica. Durante as escavações, ele encontrou vários esqueletos, dois deles quase inteiros. Com a datação em carbono-14, os esqueletos foram identificados como tendo 4.500 anos, sendo então ossos dos índios que habitavam essa região há milhares de anos. Com uma pequena caminhada de uns 3 minutos, os alunos chegam na Gruta do Limoeiro. A entrada apresenta uma cavidade alta e com a exposição da imagem da santa católica Nossa Senhora de Lourdes, colocada no local a pedido da professora que identificou os ossos e as cerâmicas em 1935 – ocasionalmente ocorrem missas por lá Toda a região, alguns milhões de anos atrás, chegou a estar no fundo do mar. Como sabemos disso hoje em dia? Pela presença de fósseis de conchas, corais e peixes nas rochas, que conseguimos ver até hoje, alguns já visíveis bem na entrada. As cavernas foram formadas então pela erosão das rochas sedimentares devido à passagem das águas. Lanterna na mão, capacete na cabeça, entramos escuro adentro. Algumas rochas das paredes são cristais, o que dá um efeito bem legal ao encostarmos a lanterna diretamente nelas, e podemos ver esses cristais em vários pontos da gruta. “O guia vai explicando as formações e mostrando as estalactites (que vêm do teto) e as estalagmites (que vêm do chão) que se formam devido às rochas calcárias e à umidade do local. Mostra ainda os rastros de uso do ambiente pelos índios e, infelizmente, os rastros deixados por humanos mais recentemente, como diversas pichações pelo caminho”, relata os professores entusiasmados com a atividade.
Data de Publicação: segunda-feira, 09 de abril de 2018
