Nesta segunda-feira, doze de junho, os alunos dos sextos e sétimos anos da UMEF Antonio Azeredo Coutinho, realizaram uma aula de campo com o Professor Valtair Gomes da Silva, no local onde foi enterrado o Barão de Guandu. O local é próximo à escola e à Fazenda Santa Helena, na divisa com o município de Castelo, à vinte e quatro quilômetros da sede, na Comunidade de Santa Helena. Do ponto de vista histórico, esta Fazenda é muito importante para Conceição do Castelo, pois lá viveu o Barão de Guandu, um rico fazendeiro, influente na produção cafeeira do Brasil e Espírito Santo. Na oportunidade, o Professor contou para os alunos, que o Barão de Guandu, veio para o Estado do Espírito Santo, por volta de vinte e cinco de junho de 1899, onde se alojou nas terras de sua fazenda em santa Helena, Conceição do Castelo. Casou duas vezes. O primeiro casamento foi com sua prima, Maria Luisa Horta de Araújo. O segundo casamento, com Maria Guilhermina Pinto Coelho, nasceu Jaime Bernardes de Sousa e Maria de Sousa Souto Machado. Ainda foi casado com Luzia “Mineira”, uma escrava, na mesma época de seu casamento com Dona Luísa Horta e desta relação teve um filho, Marcelino Bernardes de Sousa. Marcelino Bernardes de Souza, um mestiço forro, filho ilegítimo de João Bernardes de Sousa, o Barão de Guandu, com uma de suas escravas, aconteceu num período temporal entre 1870 à 1928. Marcelino, após a morte de seu pai, em virtude de seu parentesco com um membro da elite cafeeira do Sul das Províncias do Espírito Santo, conseguiu adquirir, por meio de compra, a sede da fazenda que pertenceu ao seu pai. Tornou-se então, o dono legítimo das terras, onde viveu por muitos anos.
“A fazenda encontra-se hoje em estado de quase ruínas, mas guarda consigo seus traços históricos, lembranças e relíquias da época da escravidão e levar os alunos para conhecerem esse local onde foi enterrado o Barão de Guandu, foi com certeza, uma experiência inesquecível. É o trabalho com fatos históricos de uma que envolve passado, presente e futuro, para que o aluno reconheça a História como um processo”, afirma a Pedagoga Silvana!
Data de Publicação: segunda-feira, 12 de junho de 2017